sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Penteados solenes e joviais





Manicures em foco

Fonte: http://www.5asec.com.br/blog/?p=2337
Conversando hoje com uma manicure, que mudou de profissão para trabalhar na construção civil, percebi o quanto a profissão na área de beleza na Bahia, quiçá Brasil, precisa passar por uma revisão urgente, correndo-se o risco de relegarmos a especialista em cuidar de nossas mãos e unhas a um simples "bico". Em outros países, como a França, os profissionais da beleza são respeitadíssimos.
O fato é que a nossa conversa me chamou a atenção para o fato de que a manicure não se aposenta como tal, embora muitas passem boa parte da vida nesta profissão. Uma delas, que começou a ganhar dinheiro nesta atividade, abandonou pelo desconforto trazido pela má postura durante a atividade. Móveis ergonômicos não existiam.
Hoje, os carrinhos são lindos e ergonômicos. São mais altos, alinham a coluna da profissional e o assento é ultraconfortável.

Uma outra questão refere-se ao valor que as manicures recebem: o salão que frequento, no bairro onde moro, cobra R$20,00 pé e mão. Se o salão fica com 40% (não sei), a manicure recebe 60%, portanto R$12,00 por cliente. Se ela atender 05 clientes em um dia receberá R$60,00 e na semana R$360,00. No mês, ela pode receber R$1.620,00 ou seja quase 03 salários mínimos. É pouco? Pode ser. No entanto, precisamos ser justos e perceber que a qualificação profissional também anda a passos de tartaruga, pois além de nem sempre as unhas saírem a contento, a postura das profissionais não ajudam a tornar a profissão respeitável. Muitas não tiram as cutículas direito, as unhas são mal lixadas e o esmalte é aplicado deixando falhas verticais. Logicamente que existem profissionais muito bem preparadas, mas a grande maioria infelizmente deprecia a profissão.

É necessário que a manicure se qualifique, ofereça o melhor trabalho e seja referência em sua profissão. É mais que necessário que o cliente destaque esta profissional, dando-lhe preferência e a recomende, elogiando-a, inclusive, junto aos proprietários do salão e dirigindo-se diretamente para a própria profissional, ressaltando-lhe o seu perfil. Isto faz com que a profissional mantenha e até mesmo melhore o seu serviço. Ganha a profissional, o salão e a cliente.

Unhas bem-feitas dão efeito de cuidado, zelo, elegância, distinção. Exija uma profissional qualificada.

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

O salão de beleza: saúde e bem-estar

Já é lugar comum falar de salão de beleza e relacioná-lo a saúde e bem-estar. O que antes era tratado apenas como espaço de transformação da aparência, passou-se hoje a ser visto como lugar do cultivo do bem-estar que começa quando a pessoa entra no salão. Uma recepção personalizada, um ambiente aconchegante, acomodações confortávelis, água mineral, cafezinho ou chá, além de um serviço de salão de excelência faz qualquer pessoa relaxar ou para usar um termo mais comum "desestressar".

Com isso quero dizer que ir ao salão de beleza é um ritual feito por quase todas as mulheres com o intuito muito mais amplo do que o simples cuidado com a aparência. As mulheres vão ao salão para serem bem tratadas, bem cuidadas, e esbajar autoestima.

Por isso, gerir um salão exige tratamentos personalizados porque cada uma cliente tem uma necessidade e que muitas vezes nada tem a ver com os serviços de salão. É comum uma cliente entrar em um salão apenas para relaxar sob pretexto de "fazer a unha".

O salão de beleza é mais que um espaço de transformação dos cabelos e das mãos, ele visualiza o corpo e a mente, o ser humano completo.

Na onda retrô


O movimento retrô está em alta. Penteados e cortes inspirados nos anos 70, como o acima, são revisitados e mostram que a moda tem a sua memória.

O corte acima já esteve nas cabeças de muitas atrizes de telenovela brasileira dos anos 70 e volta como uma proposta bonita e elegante, própria para momentos mais solenes ou formais, como nas atividades profissionais. Estas atividades muitas vezes direcionam o visual dos profissionais que apostam no visagismo para influenciar decisões.

Em alguns casos, muitas empresas exigem da profissional um aspecto mais sóbrio que passe a imagem de seriedade e confiança, como se fosse a extensão da própria empresa. O corte em destaque cumpre este propósito, já que a linha em diagonal e ângulo a 0º dá um toque ao mesmo tempo sereno e jovial, tornando o corte prático, leve e discreto.

Se você for ter uma entrevista para um cargo executivo, aposte nele.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

A hora e a vez dos coques

Grandes, pequenos, altos, laterais, posterior, largos ou estreitos, os coques são a sensação do momento. Muio usado pelas mulheres em diferentes épocas, o coque virou sinônimo de beleza e distinção. À noite, o coque é o mais pedido, por seu efeito encantador, sedutor e elegante.



Os coques altos aparecem como tendência nos eventos formais como casamentos, formaturas e congêneres.

O segredo do coque é também o tipo de acessório que você colocará como ornamento. No caso acima, trata-se de um ornamento simples, mas existem os mais glamurosos próprios para eventos mais solenes.

O coque largo é simples de fazer e dá um tom arrumado para quem quer fazer um penteado rápido, discreto e que, ao mesmo tempo, mude o visual. O ornamento dará um toque final.



Observe que o objeto que prende não aparece, já que o próprio coque o esconde. Este coque clássico é charmosíssimo.

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

O charme irresistível da camada

Para quem não quer deixar o cabelo reto e pesado, a grande dica é dar umas camadas nas pontas para suavizar e dar mais sinuosidade aos fios, causando movimento e efeito chanfrado.

O corte fica muito mais valorizado se você der uma modelagem para cima nas melenas, com escova específica, como é o caso das escovas vazadas.








Na imagem abaixo, observe que o corte aparece justamente por causa da modelagem, ou seja, para este corte se destacar é preciso manter os cabelos escovados e modelados para cima. Fica realmente irresistível.

Como a ideia era dar um efeito natural, passei apenas os dedos entre as mechas para dar mais espaços entre os fios e evitar aquele liso chapado e cachos armados.

quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Corte de Cabelo I


O Instituto Embelleze, visando garantir maior conforto para seus alunos e clientes, disponibiliza para venda cabeças de boneca, para as aulas práticas iniciais, antes de cada aluno começar a atender as modelos humanas.
Durante as duas primeiras aulas, aprendemos sobre a importância dos conceitos de linha e ângulos para o corte de cabelo.
Linhas retas na posição horizontal ou vertical e linhas em diagonal oferecem cortes diferentes, com efeito pesado ou leve, reto ou em camadas.

Escova da Vertix
Na nossa terceira aula – a primeira prática – levamos a boneca e procedemos ao corte no ângulo de 0° e em linha reta horizontal para criar um corte uniforme. Na foto acima, o segundo e o terceiro momentos foram feitos na Escola e o quarto e quinto foram feitos em minha residência. A diferença é que, na Escola, estava com uma escova pequena e precisava de uma maior. O resultado pode ser visto pelas fotos. A modelagem ficou muito melhor nos dois últimos, porque a escova era a mais adequada. Usei uma vazada média com cerdas de nylon.

O uso da escova adequada é extremamente importante para o resultado da escovação, por isso o cabeleireiro experimenta várias até conhecer cada uma delas e o resultado de seu uso. É na prática cotidiana que o cabeleireiro sentirá o efeito que cada uma produz, além do conforto dos cabos.
Além das escovas, a técnica faz toda a diferença, juntamente com o talento da  cabeleireira. Unindo tudo isso, o resultado certamente agradará a cliente.

domingo, 9 de dezembro de 2012

Brechó de fim de ano

Impossível resistir a um brechó, principalmente quando as confecções são de qualidade. Em vários países e estados brasileiros a prática já é comum há anos e na Bahia, especificamente, o brechó tem crescido a olhos vistos. Roupas e sapatos semi-novos fazem a festa do cliente mais antenado.

Venha conferir! Peças a partir de R$5,00. É ou não é uma maravilha?

Local: Rua Archibaldo Baleeiro, 34, Rio Vermelho - depois da academia Max Center. Ônibus: descer em frente ao shopping Iemanjá e dobrar na segunda esquina à direita (2ª casa à direita). Carro: pegar a Rua Osvaldo Cruz (sentido pituba-barra) e dobrar em frente ao Shopping Iemanjá. Seguir até o final da rua (2ª casa à esquerda).
Horário: das 9h às 17h
Dia: 15/12/2012
Observação: peças de marca (TNG, YESSICA, ZARA, LUIGI BERTOLLI, LEVI'S, SARTORE, AREZZO, MIZUNO, entre outras)

Hair Designer ou Cabeleireiro?

O corte de cabelo é um dos eventos mais importantes em um salão de beleza e requer bastante atenção e cuidado do profissional. Atualmente fala-se em hair designer, um nome mais glamuroso que inventaram em substituição a cabeleireira. Mas como acontece em todo fenômeno linguístico, a palavra não está dissociada das marcas sociais e culturais. Assim, se observarmos bem, a função de cabeleireira sempre esteve atrelada a determinados grupos sociais, pelo menos é o que diz a minha memória.

Cresci em um bairro da periferia de Salvador no qual as transformações capilares eram desenvolvidas em casa. Lembro-me de amigas e vizinhas que alisavam com ferro o cabelo, prática que  ainda hoje pode ser vista em mulheres de meia-idade. Quando íamos para as festas, colocávamos papel crepom no cabelo embebido com café e limão (dizia-se que era para fixar melhor) e dormíamos com eles para no dia seguinte, à noite, irmos à festa. Os cachos duravam até os primeiros passos das danças de discoteca. Imaginem o odor que os rapazes sentiam com tanto café, limão e suor.

Com o passar do tempo, a indústria de cosmético passou a colocar no mercado inúmeros produtos para fins diversos: alisar, cachear, relaxar, hidratar, colorir tudo para o cabelo adquirir mais saúde e beleza. O interesse pelos produtos dobrou o número de estabelecimentos  interessados em absorver a demanda provocada pela busca por um cabelo bonito. A moldura natural do rosto passou a ser sinônimo de bem-estar, autoestima elevada, beleza e saúde.

Além disso, a atividade era basicamente feita por mulheres e os homens eram responsáveis pelos trabalhos em cabelos masculinos - os barbeiros. A divisão de sexo era bem marcada. Hoje em dia, vemos mulheres cuidando dos cabelos masculinos e os homens cuidando dos cabelos femininos. A profissionalização da atividade de cabelo por meio de escolas especializadas e cursos técnicos universitários também ajudou a alavancar o interesse do público pelas transformações do cabelo.

Assim, a cabeleireira começou a virar hair designer ou hair stylist, à medida que a profissão sofisticou-se. Dirigir-se a um salão renomado e procurar por um cabeleireiro é quase uma ofensa, pois a atividade de cabeleireira ganhou tamanha complexidade e especialidade que precisaram inventar outro nome. Aquela atividade doméstica, desempenhada nos fundos da casa ou até mesmo na sala de forma improvisada para atender o público ou a própria pessoa, ganhou as ruas e os salões, transformando-se em maisons, coiffeurs, centers, enfim grandes empresas de estética. Porém, apesar disso, a atividade doméstica ainda continua nos bairros populares das cidades brasileiras.

Assim, mais do que uma simples troca de nomes, há uma questão histórica, ideológica por trás de cada alteração linguística e que precisamos conhecer.

Alisamento com Guanidina